quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Conceito de Currículo Escolar 


O currículo escolar é um conjunto de ações intencionais desenvolvidas ao longo do ano letivo que prima pela aprendizagem significativa dos alunos, considerando neste contexto o currículo formal da base comum e as demais ações desenvolvidas na escola, levando em conta a realidade e a necessidade de cada comunidade , possibilitando ao aluno compreender o meio em que está inseridos para que torne um agente ativo desta sociedade.

Apesar da introdução das tecnologias no currículo escolar ter acontecido lentamente percebe-se a necessidade de propostas pedagógica integrada as mesmas, bem como proporcionar metodologias diferenciadas com uso desta ferramenta que potencializa o processo educativo como instrumento de apoio às matérias e aos conteúdos lecionados, além da função de preparar os alunos para uma sociedade informatizada, o desenvolvimento de um currículo integrado e a introdução de diferentes tecnologias favorece aos alunos deixar de ser um mero receptor da aprendizagem e passa a ser o autor de seus conhecimentos através de pesquisas,investigações e aprendizagem dialógica, democrática, coletiva e colaborativa.

A escola precisa ser renovada e as novas mídias possuem ingredientes para favorecer esta mudança ,no qual o aluno numa concepção construtivista assume o papel de construtor do seu conhecimento,partindo da realidade social , cultural e necessidade dos educandos, aos educadores cabe elaborar projetos que mobilize as diversas áreas dos saberes integrando as tecnologias na função educativa da escola ,tendo em vista o público alvo a que ela se destina.




quarta-feira, 10 de outubro de 2012

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Currículo escolar - Professor Carlos de Almeida - ( Introdução ao tema).

 
 
 
 
 
 
 

 

Salto Para o Futuro - Currículo Escolar

 

Currículo Escolar

Currículo Escolar



O currículo escolar representa a caminhada que a aluna ou o aluno fazem ao longo de seus estudos, implicando tanto conteúdos estudados quanto atividades realizadas sob a tutela escolar.
A origem da palavra currículo – currere (do latim) – significa carreira. Neste sentido, conforme Gimeno Sacristán (1998): “A escolaridade é um percurso para os alunos/as, e o currículo é seu recheio, seu conteúdo, o guia de seu progresso pela escolaridade ” (p. 125).

Um currículo pode ser definido por uma Rede de Ensino (para todas as suas escolas), ou por uma escola em particular. Um currículo também pode ser definido a partir dos livros didáticos que são adotados para cada série escolar ou pode funcionar a partir de algumas diretrizes nacionais.

Em nosso país não existe um currículo único nacional, conhecemos os Parâmetros Curriculares Nacionais que trazem, como sugestão, uma forma de definição das disciplinas e distribuição dos conteúdos entre os componentes curriculares propostos. Devido à dimensão territorial e à diversidade cultural, política e social do país, nem sempre os Parâmetros Curriculares chegam às salas de aula.

O que nos interessa neste momento é discutir o currículo frente ao desafio de ensinar a todos e, portanto, como trabalhar a partir de um currículo com as diferenças nas formas de aprender e na cultura.

Com este objetivo, várias escolas brasileiras têm elaborado formas de organização do ensino que privilegiam conhecimentos da pedagogia contemporânea para oportunizar a todos o acesso ao conhecimento.

Entre estas contribuições encontramos: a importância de trazer para a sala de aula a cultura local, o estudo de problemas cotidianos, a aplicação do conhecimento aos problemas que a aluna ou o aluno precisam enfrentar em seu dia-a-dia.

Junto a esta perspectiva, encontramos também a possibilidade de libertar a escola do cumprimento de uma lista de conteúdos previamente estipulados e, propondo aprendizados fundamentais em um determinado número de anos (além do ano letivo), ir desenvolvendo métodos de acompanhamento das aprendizagens que atendam ao contexto de desenvolvimento que cada aluno apresenta.

Neste sentido: “O currículo surge, então, em uma dimensão ampla que o entende em sua função socializadora e cultural, bem como forma de apropriação da experiência social acumulada e trabalhada a partir do conhecimento formal que a escola escolhe, organiza e propõe como centro as atividades escolares ” (Krug, 2001, p. 56).

Esta compreensão implica, ao abordar o currículo escolar, entender que este apresenta aspectos inter-relacionados de diferentes áreas humanas: sócio-antropológica, psicopedagógica, epistemológica e filosófica.

A contribuição sócio-antropológica ao currículo se dá na medida em que a escola reconhece as relações sociais e os instrumentos culturais aos quais os alunos e alunas têm acesso, buscando, como propõe Freire (1972), na prática social, a fonte e o fim dos conhecimentos que serão trabalhados.

A psicopedagogia nos faz perceber que a aprendizagem escolar precisa ser compreendida na relação dialética entre biológico e cultura, relação esta que se dá progressivamente, semelhante à figura de uma espiral e não de uma linha reta. No processo de conhecer não existe retorno, mas avanços progressivos. A convivência com diferentes saberes, nesta perspectiva, é um impulso para a aprendizagem.

A epistemologia nos desafia a questionar constantemente qual é o conhecimento que vale para o mundo hoje. Todo conhecimento é considerado político, pois pode servir à promoção da justiça, da liberdade, da melhoria de vida dos empobrecidos, por exemplo, ou pode servir à submissão, à dependência, ao empobrecimento ambiental e cultural.

Filosoficamente, o currículo escolar responde se todos serão percebidos como alunos que aprendem, e promovidos na sua aprendizagem, ou se a escola utilizará seu currículo em uma perspectiva meritocrática, ou seja, na sua organização escolar, apenas serão promovidos aqueles que merecerem.

Diante destas contribuições, cabe sintetizar a noção de currículo com a qual trabalhamos associada à concepção de aprendizagem que compartilhamos: em sua natureza, o currículo necessariamente implica diferentes formas de apropriação que o sujeito faz de um conjunto de vivências e conhecimentos oportunizados pela escola. Trata-se sempre de uma reconstrução individual, portanto, diferenciada a cada aluna/aluno.

Currículo escolar e formas de organização do ensino
Ao pensarmos o currículo escolar, devemos atentar que nem tudo o que a escola diz ensinar, a aluna ou o aluno assumem como aprendidos e, ainda, que nem tudo o que alunas e alunos dizem ter aprendido na escola, a escola assume como resultado de seu ensino.

De fato, nas escolas, muitas coisas são ensinadas sem necessariamente serem anunciadas e muitas coisas são aprendidas sem que constem dos currículos escolares.

O método que a escola usa para a definição do conhecimento que vai trabalhar diz muito sobre como ela encara o desafio de ensinar a todos.

Mais que respostas, algumas perguntas podemos fazer a nós mesmos sobre o ensino na sala de aula:
Quem define o conteúdo que será trabalhado em sala de aula? Com quem e a partir de que este conteúdo é definido?
Como se distribui o trabalho com o conhecimento entre as séries ou ciclos?
Como as professoras e professores interpretam a ciência? Ela se fundamenta de verdades ou incertezas?

Quando e como o trabalho em sala de aula é planejado? O planejamento é coletivo? Acontece com os alunos e alunas junto aos professores e professoras? Acontece diariamente, semanalmente, mensalmente, semestralmente ou anualmente? As séries planejam vertical e horizontalmente? E os ciclos?

De que maneira são acompanhadas as construções dos alunos e alunas? Em que medida o currículo é diferenciado para atender às diferentes formas de aprender e às diferentes sínteses que o sujeito constrói ao longo de sua vida?

Algumas propostas de trabalho curricular são desenvolvidas no Brasil e podem colaborar com a escola na atividade de ensinar de forma participativa e crítica a todos. Entre estas propostas podemos citar o tema gerador, o complexo temático e também a rede temática.

Estas propostas têm em comum a organização do ensino a partir de uma leitura da realidade vivida pelos alunos e alunas, com o objetivo de elencar conceitos, formas de linguagem e relações políticas, econômicas e sociais presentes no cotidiano destes estudantes.

A partir desta leitura, alguns conhecimentos são elencados para o trabalho através das diferentes disciplinas ou do conjunto de professores que trabalha com a turma. Definidos estes conceitos, a serem decodificados, o que se pretende é que o aluno ou aluna consiga avançar de uma determinada forma de ver a sua realidade (chamada realidade percebida) para uma outra forma (chamada concebida), mais elaborada e crítica.

Nesta transformação da forma como o sujeito vê o real é que diversos conteúdos vão sendo trabalhados, buscando instrumentalizar o estudante para a transformação social.

Currículo Escolar

Currículo Escolar


A ação pedagógica é uma forma de compreender a realidade escolar, compreender o conjunto de ideias sobre o que é possível e desejável em termos educativos. Para tanto, é essencial que se desenvolva a discussão e analise coletiva sobre os referenciais teóricos adotados na elaboração, no desenvolvimento e na avaliação do currículo escolar. “O currículo é o que determina o que se passa na escola numa acepção ampla, que é um instrumento potente para a transformação do ensino e um instrumento imediato, porque é um guia facundo para o professor”. (STENHOUSE, 1991.p.11).

Na tendência tradicional de currículo escolar, o pensamento é tido como uma capacidade de arquivar informações, evidenciando o aspecto cumulativo do conhecimento. Nesse sentido, ensinar é transmitir conhecimentos já sistematizados e acumulados pela humanidade, em que o papel do professor pode ser resumido como “dar a lição” e “tomar a lição” num ensino basicamente enciclopedista. “A aprendizagem valorizada é a que propicia a formação de reações estereotipadas, de automatismos, denominados hábitos geralmente isolados uns dos outros e aplicáveis, quase sempre, somente às situações idênticas em que foram adquiridos”. (MIZUKAMI, 1986, p.13-14). Aprender consiste em adquirir informações que preparem o sujeito intelectual e moralmente para adaptar - se a sociedade, tendo o aluno como uma “tabua rasa”, receptor apenas. Quanto ao método, nessa perspectiva, ”a ênfase recai na transmissão do conhecimento, que deve ser rigorosamente lógica, sistematizado e ordenado” (MARTINS, 1989, p.40), daí o uso do método expositivo, que tem a figura do professor como centro. A avaliação geralmente se restringe à evocação dos conhecimentos memorizados, por meio de interrogatórios orais, provas e trabalhos escritos sob uma vigilância constante do professor. A modalidade da avaliação adotada é a somativa e a classificatória no qual a ênfase recai no resultado final.

O ponto fundamental desse processo será o produto da aprendizagem. A reprodução dos conteúdos feitos pelos alunos, de forma automática e sem variações, na maioria das vezes é considerada como um poderoso e suficiente indicado de que houve aprendizagem e de que, portanto, o produto está assegurado. (MIZUKAMI, 1986, p.15).

Na configuração do currículo cuja tendência é a escolanovista, o conhecimento é uma construção continua realizada pelo aluno. Ensinar nessa teoria implica “criar condições que priorizem as atividades do aprendiz, tendo em vista o desenvolvimento dos aspectos cognitivos e considerando-o inserido numa situação social” (EYNG, 2007, p.122). O papel do professor implica uma ação sobre o meio provocando a ação de descoberta no aluno considerando seus interesses, necessidades, expectativas e motivações. Em ultimo caso ele media a construção do aluno no processo educativo. Aprender nessa perspectiva implica assumir os objetivos a esquemas mentais, e ampliar as estruturas cognitivas do próprio conhecimento conforme a teoria piagetiana. E o aluno passa de agente passivo para uma atitude ativa tornando - se o centro do processo de ensino – aprendizagem, aprendendo a aprender.

O método nessa teoria deve essencialmente favorecer e valorizar atividades significativas dos alunos. A avaliação “é fluida e tenta ser eficaz à medida que os esforços e os êxitos são pronta e explicitamente reconhecidos pelo professor”. (LIBANEO apud EYNG, 2007.p.127). A modalidade de avaliação adotada é a formativa, em que a preocupação reside em controlar o desenvolvimento cognitivo no processo educativo, sendo usada também a avaliação somativa, com o intuito de verificar o desenvolvimento cognitivo atingido ao final do processo.

Na teoria da escola nova, há uma valorização da experiência vivenciada pelo aluno, levando em conta as diferenças individuais. O enfoque é predominantemente psicológico. O aluno é considerado o centro do processo. Os métodos de observações, experimentação, de projetos e centos de interesses (entre outros) visam valorizar seu caráter globalizador e definir da orientação do processo de ensino. (MARTINS apud EYNG, 2007, p.126).

Já a tendência tecnicista, considera o conhecimento como resultado da experiência, caracterizando – se pelo “saber fazer”. O ensino pauta – se nos princípios da racionalidade, da eficiência e da produtividade, consiste num arranjo de contingência de reforço (elogios, graus, notas, prêmios, prestigio etc.) sob as quais o aluno aprende e é de responsabilidade do professor assegurar a aquisição do comportamento. Aprender é uma questão de mudança de comportamento, em função de objetivos instrucionais cuidadosamente definidos. O centro do processo desloca - se para os meios, ocupando professores e alunos, posição de executores (EYNG, 2007).

A metodologia e decorrentes instrumentos constituem preocupação central nessa abordagem, ”incluem tanto a aplicação de técnica educacional e estratégias de ensino como formas de reforço no relacionamento professor – aluno”. (MIZUKAMI apud EYNG, 2007, p.130). O método visa atender os princípios da individualidade, adequando - se ao ritmo de cada aluno. O tema aplicado em pequenas porções busca levar a uma verificação imediata, visando à ausência de erros. A avaliação, geralmente rigorosa, assume função de controle e consiste em constatar se o aluno aprendeu os objetivos propostos no programa e se o mesmo foi conduzido até o final (produto) de modo adequado. A avaliação tende a ser diagnostica, formativa e somativa.

A ênfase da proposta dessa abordagem se encontra na organização (estruturação). Dos elementos para as experiências curriculares. Será essa estrutura que irá dirigir os alunos pelos caminhos adequados que deverão ser percorridos para que eles chequem ao comportamento final desejado, ou seja, o objetivo final. A aprendizagem será garantida pela sua programação. (SAVIANI, 2003, p.31).

No currículo crítico, concepção amplamente difundida por Paulo Freire, ocorrem variações teóricas bastante significativas, focando, sobretudo aspecto sócio – político – culturais do contexto brasileiro. Aprender nessa perspectiva é um ato de conhecimento da realidade concreta da situação real vivida pelo aluno, e tem sentido apenas se resultar de uma aproximação critica dessa realidade. Ensinar implica provocar e mobilizar o aluno (entabular o dialogo) na sua fala com a realidade “ao aluno competirá, portanto, a partir de sua experiência sócio – cultural imediata a participar ativamente do processo de aprendizagem, confrontando suas apreensões com os modelos e conteúdos expressos pelo professor” ( MIZUKAMI, 1986, p.85), e este não assume papel autoritários, mas permanece vigilante perante o processo.

A metodologia privilegia o relacionamento professor – aluno, enfocando não indivíduos separados, mas o grupo. Utilizando situações vivenciais do grupo, em forma de debate, Paulo Freire (apud MIZUKAMI, 1986, p.100), delineou seu método “(...) tem como características básicas: ser ativo, dialógico, crítico, criar um conteúdo programático próprio e usar técnicas tais como redução e codificação”. O método provoca a problematização e a originalidade, mediante desafios ao aluno, no dialogo homem – mundo. A verdadeira avaliação do processo consiste na autoavaliação e/ou avaliação mutua (todos avaliam e são avaliados), cuja modalidade adotada é a processual, integrando a diagnostica, a formativa e a somativa. Nessa tendência.

O homem é desafiado constantemente pela realidade e a cada um desses desafios deve responder de uma maneira original. Não há receitas ou modelos prontos (de respostas), mas tantas respostas quanto forem os desafios, sendo igualmente possível encontrar diferentes respostas para um mesmo desafio. As respostas que o homem dá a cada desafio não só modifica a realidade em que está inserido, como também modifica a si próprio, cada vez mais de maneira sempre diferente (perspectiva interacionalista na elaboração do conhecimento). (EYNG, 2007, p.135 -136).

Nas concepções anteriores ao modelo critico, os elementos didáticos do currículo exercem um forte papel instrumental, que existem até hoje. Na concepção atual, currículo pós – crítico ou inovador, a didática considera o contexto formativo, analisando os fundamentos teóricos – aplicativos mais adequados a cada situação. A questão central dessa concepção é a aprendizagem e desloca o desenvolvimento do aluno em sua capacidade de aprender a aprender, compreender como aprende desenvolvendo estratégias capazes de aperfeiçoar sua condição de aprender, desafiando o aluno nesse intento. “O papel do professor deixa de ser simples orientador e passa a ser o de criar duvidas levando o aluno a pensar e perguntar – se. A gestão do processo formativo tem a concepção modificada e ampliada, deixando de ser responsabilidade de um pequeno grupo, passando a ser tarefa compartilhada”. (EYNG, 2007, p.139).

No método do contexto atual a didática é uma esfera de ação – reflexão –ação de propostas curriculares capazes de colabores para a educação integral num contexto em transformação. Também é modificado o conceito de avaliação e, consequentemente, visam-se novas práticas avaliativas. A avaliação não é mais um processo exterior, pois então se supõe que “são os próprios participantes que melhor conhecem os significados e interpretações das aprendizagens e que por isso estão melhor posicionados por participar da avaliação “. (FERNANDES apud EYNG, 2007, p. 113). Por tanto, no entendimento critico atual,
O currículo absorve categorias inclusivas, como centro do discurso educativo: além de ser concebido como pratica social intencional com dimensões regional e local, inclui temas importantes como currículo e conhecimento, como o resgate do papel da escola e a valorização do professor, o papel do aluno, abrangendo também focos emergentes como a questão da transversalidade, trabalhando temas em dimensões disciplinares diferentes, fazendo nexos e elas, informando redes de conhecimento. A participação é um outro foco precioso, fundamental parta uma nova proposta de discussão da educação nacional. É, pois, neste painel que se discute, hoje, o currículo. (MOREIRA, 2005, p.5).


A inovação pedagógica se processa mediante organização de projetos integrados de aprendizagem. “A proposta pedagógica na formação integral articula o pensar, o sentir, e o agir inovador na produção do conhecimento”. (EYNG, 2007, p. 148). O currículo integrado supera a dicotomia e a fragmentação formativa e enfatiza a construção do conhecimento interdisciplinar, contextualizado, o qual promove a aprendizagem significativa por meio da aplicação da pesquisa.